Olha eu aqui de novo!
Hoje finalmente vou compartilhar com vocês uma resenha da minha autora favorita: “Agatha Christie”. Ela que é conhecida como a Rainha do crime, escreveu cerca de 80 livros e estes têm a terceira maior vendagem do mundo, atrás apenas da Bíblia e de Shakespeare.
Sabe aquele livro intrigante, que te prende do início ao fim e te faz deixar de lado qualquer coisa só para você chegar ao final logo? Assim são os livros de Agatha. Seus romances policiais são fantásticos. Não são aqueles livros que você espera ansiosamente para saber quem é o assassino e no final é um irmão da vítima que nem apareceu na história. Nos livros de Agatha, ao chegar na conclusão, fica óbvio que a resposta estava o tempo todo diante de nossos olhos, pois todas as pistas estão lá. E ainda assim somos surpreendidos com a grande revelação.
O livro resenhado de hoje é “Morte no Nilo”, publicado originalmente em 1937. Vejam a sinopse:
“Bela, rica e inteligente, a jovem herdeira Linnet Ridgeway parece conseguir tudo o que quer. No entanto, quando rouba o noivo de sua melhor amiga e se casa com ele sem pensar duas vezes, talvez Linnet esteja indo longe demais…
Em sua viagem de lua de mel num cruzeiro pelo rio Nilo, no Egito, o casal apaixonado se depara com uma série de antagonistas interessados em sua fortuna e em provocar sua infelicidade. Então Linnet é encontrada morta, com um tiro na cabeça. O detetive Hercule Poirot, que por acaso também estava no navio, entra em ação para tentar montar mais esse quebra-cabeça.”
O livro se inicia quando Jackie, melhor amiga de Linnet, visita a amiga rica para pedir que empregue seu noivo Simon, que está desempregado, pois almeja casar em breve. Logo após o tempo corre e Linnet já está casada com o ex-noivo de sua melhor amiga e está de partida para sua lua de mel. Então são narradas (sempre em terceira pessoa) cenas de diferentes pessoas que ficam sabendo do casamento recente da herdeira e resolvem partir para o mesmo navio que viajará o casal. Daí já começam a aparecer possíveis motivos de pessoas que queiram o mal de Linnet.
Assim que o casal chega, se dá conta que Jackie está no mesmo navio e fica evidente que a moça resolveu persegui-los por conta da raiva que sente por ter sido trocada.
Nesta viagem está o famoso detetive belga Hercule Poirot, figura famosa em mais de 40 livros de Agatha Christie, que observa todos os acontecimentos do navio e a peculiaridade dos passageiros a bordo. Poirot então se aproxima do casal e toma conhecimento da angústia deles em relação à perseguição de Jackie e chega a conversar com a moça, que deixa claro sua intenção de matar um dos dois.
Então, num incidente envolvendo angústia e bebida, Jackie fere Simon acidentalmente e na manhã seguinte Linnet aparece morta na cama e o assassino desenha um grande “J” na parede. O problema é que Jackie, a principal suspeita, tem álibis perfeitos e Hercule, começa uma investigação onde aos poucos vão aparecendo pessoas com motivos para matar Linnet.
Como podemos ver, os protagonistas são o triângulo amoroso formado por Jackie, que se ressente da dupla traição, Linnet, uma mulher jovem, rica e que está acostumada a conseguir tudo, porém mostra-se muito deprimida com a perseguição da ex-amiga, e Simon que se mostra incomodado com a situação e é de origem humilde e, ao contrário da mulher, é um homem que não entende dos negócios de sua nova família. E neste navio encontram-se personagens bem distintos, porém com algo em comum: todos conhecem Linnet, seja por comentários de conhecidos em comum, seja pelas colunas sociais, negociações financeiras com a família da moça ou por relações diretas. Ou seja: todos se tornam suspeitos.
O mais emocionante (que também é uma característica forte nos livros de Agatha) é que durante a investigação, outros crimes acontecem, dando novas perspectivas ao caso. A leitura faz o leitor questionar 100% do tempo, e o torna um assistente de Poirot.
E o final? Bem, como já disse, tudo está sempre diante de nossos olhos e ao chegar ao fim percebemos que não restam arestas. Todas os acontecimentos do início ao fim da história tem um porquê e formam peças de um quebra-cabeça que se completa no final.
Se vocês se vocês nunca leram os livros de Agatha, sugiro que comecem por um desses três:
- Cipreste Triste
- Tragédia em Três Atos
- Um gato entre os Pombos
Estes são meus preferidos e são bem instigantes!
Espero que tenham gostado da resenha. Compartilhem comigo caso já tenha lido algum livro da autora.