Olá, Pessoal!
Quem aí aproveitou o carnaval pra tentar colocar a leitura em dia? \o/ \o/ \o/
Se vocês estão em duvida de qual livro ler, que tal mais uma resenha pra ajudar a decidir?
O livro de hoje é “A Sorte do Agora” de Matthew Quick, mesmo autor de “O lado bom da vida “.
Bartholomew Neil, aos 40 anos, perde sua mãe para um tumor cerebral. Nos seus últimos meses de vida, ela o chamava de Richard e após encontrar na gaveta da mãe uma carta-modelo de Richard Gere boicotando as Olimpíadas de 2008, Batholomew vê no astro de Hollywood, um amigo para desabafar e ajudá-lo a decidir o que fazer da vida, pois foram 40 anos dependendo apenas de sua mãe. Nunca fez amigos, nunca se virou sozinho. Richard Gere, por outro lado, é bem sucedido, defende causas importantes e tem conexão com Dalai Lama. Quem seria melhor na vida de Bartholomew nesta nova fase da vida?
É então que Bartholomew começa a escrever para Richard Gere. E desta forma o livro é narrado, através de cartas direcionadas ao ator. Começamos então a entrar na cabeça de Bartholomew e acompanhar essa nova fase em sua vida. São narrados fatos tais como a amizade com um padre, suas aventuras na biblioteca em busca de informações sobre Dalai Lama e Richard Gere, a ausência de informações de seu pai em toda sua vida e sua tentativa de superar a perda da mãe, através de uma conselheira é um grupo de luto.
“Você meu confidente, Richard Gere. Não pretendo compartilhar meu fingimento com ninguém, porque o fingimento frequentemente acaba quando você permite que não fingidores tenham um acesso aos mundos melhores e mais seguros que você cria para si mesmo.”
Confesso que demorei muito a engrenar na leitura. O livro começa de uma forma muito monótona. Porém, pouco antes da metade do livro, me vi lendo sem perceber, querendo saber onde a história daria. Acho que é uma característica do autor tratar de assuntos banais do cotidiano, porém, com a intenção de sempre nos trazer uma lição de forma pura e inocente.
“A Sorte do agora” nos mostra os sacrifícios que são necessários para que sejamos felizes.
“Que para alguém ganhar, outra pessoa tem que perder; que para alguém ficar rico, vários outros têm que ficar pobres; que para alguém ser considerado inteligente, muito mais gente deve ser classificada como medíocre ou abaixo da inteligência média; que para alguém ser considerado extremamente belo, deve haver uma infinidade de pessoas comuns ou extremamente feias.”
Assim como “O lado bom da vida”, o protagonista claramente sofre de problemas mentais e é isso que faz a história ser contada de forma distinta. Porém, para mim, o grande destaque do livro foi o amigo do grupo de luto, Max. Com um jeito de falar irreverente e sem papas na língua, o personagem sofreu a perda de sua melhor amiga, a gata Alice. E sua vida parece girar em torno de gatos. Tanto é que seu grande sonho é conhecer o “Parlamento dos Gatos”, no Canadá.
Sou gateira e adorei ver um personagem que tem essa paixão. Max me garantiu muitas risadas com seu jeito que chega a ser infantil, por vezes.
O grande trunfo de Matthew na verdade não são suas histórias e sim seus personagens, que nos mostram que grandes aprendizados podem vir de pessoas comuns e que é sempre importante querer se tornar uma pessoa melhor, tanto para si, quanto para o mundo.
Alguém já leu outros livros do Matthew? Tiveram a mesma impressão?
Vou ficando por aqui!
Até a próxima!
” Para mudar nossa vida, devemos primeiro reconhecer que nossa situação atual não é satisfatória”
Dalai Lama